Chupeta faz mal? Mitos e verdades sobre o uso da chupeta

Chupeta faz mal? Mitos e verdades sobre o uso da chupeta

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A chupeta é um dos acessórios mais comuns na vida de muitos bebês e crianças pequenas.

Enquanto alguns pais defendem seu uso como uma forma de acalmar e tranquilizar os pequenos, outros acreditam que ela pode trazer diversos problemas de saúde e de desenvolvimento.

Essa divergência gera dúvidas constantes: afinal, a chupeta faz mal ou pode ser usada sem grandes preocupações?

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A verdade é que existem mitos e fatos importantes a respeito da chupeta.

O segredo está em entender quais são os prós e contras do seu uso, em quais situações ela pode ser útil e quando deve ser evitada.

Neste artigo, vamos explorar os principais pontos sobre a chupeta, desmistificando crenças e apresentando informações baseadas em estudos e orientações de especialistas.

A função da chupeta

A chupeta tem como objetivo principal oferecer ao bebê a sucção não nutritiva, ou seja, sugar sem a necessidade de se alimentar.

Esse reflexo é natural nos recém-nascidos e traz sensação de conforto e segurança.

Por isso, muitos bebês dormem melhor e se acalmam mais facilmente quando utilizam o acessório.

Além disso, a sucção ajuda alguns bebês a aliviar tensões e até dores, funcionando como um recurso para acalmar em situações de estresse ou choro excessivo.

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Mitos sobre a chupeta

Ao longo do tempo, muitos mitos surgiram em torno da chupeta. Vamos esclarecer os principais:

1. “Chupeta sempre prejudica os dentes”

Mito. O uso da chupeta pode sim causar problemas de mordida e alinhamento dental, mas isso geralmente acontece quando o acessório é usado por muito tempo, especialmente após os 3 anos de idade.

Quando há uso moderado e dentro da faixa etária recomendada, os riscos são menores.

2. “Usar chupeta atrapalha a amamentação”

Parcialmente mito. Se oferecida muito cedo, antes de o bebê estar adaptado à amamentação, a chupeta pode confundir o reflexo de sucção e atrapalhar o aleitamento materno.

Por isso, especialistas recomendam introduzir o acessório apenas após o primeiro mês de vida, quando a amamentação já está estabelecida.

3. “Toda criança que usa chupeta terá problemas na fala”

Mito. O desenvolvimento da fala está ligado a vários fatores, como estímulos, audição e interação social.

O uso prolongado da chupeta, especialmente durante o dia, pode sim dificultar a articulação de sons, mas não é uma regra geral.

Verdades sobre a chupeta

Agora vamos aos pontos comprovados sobre a chupeta:

1. Acalma e ajuda a dormir

A chupeta pode ser uma grande aliada nos momentos de sono.

Muitos bebês se sentem mais tranquilos ao dormir com o acessório, o que contribui para noites mais longas e menos despertares.

2. Pode reduzir risco de morte súbita

Estudos apontam que o uso da chupeta durante o sono pode diminuir o risco de síndrome da morte súbita infantil (SMSI).

Acredita-se que o movimento de sucção mantém as vias respiratórias mais abertas.

3. Pode causar dependência

É verdade que algumas crianças se tornam muito dependentes da chupeta, usando-a não apenas para dormir, mas também para lidar com frustrações e situações do dia a dia.

Essa dependência pode dificultar o processo de retirada.

4. Prolongar o uso faz mal

Quando a chupeta é usada além dos 3 ou 4 anos, pode prejudicar o crescimento da arcada dentária e a posição correta da língua. Por isso, o uso prolongado é desaconselhado.

Os prós da chupeta

  • Acalma o bebê em momentos de choro intenso.
  • Ajuda a aliviar desconfortos, como cólicas e estresse.
  • Pode contribuir para a regulação do sono.
  • Em situações específicas, diminui o risco de morte súbita.

Os contras da chupeta

  • Pode interferir na amamentação se introduzida cedo demais.
  • Uso prolongado aumenta o risco de problemas dentários.
  • Pode dificultar o desenvolvimento da fala se utilizada de forma excessiva.
  • Dificuldade no processo de retirada, gerando crises de choro e resistência.

Quando e como oferecer a chupeta

Se os pais decidirem oferecer a chupeta, é importante seguir algumas recomendações:

  1. Idade ideal para introdução: após o primeiro mês, quando a amamentação já estiver estabelecida.
  2. Uso controlado: preferencialmente apenas para dormir ou em momentos de estresse.
  3. Higienização: a chupeta deve ser lavada e esterilizada com frequência, evitando infecções.
  4. Modelo adequado: prefira modelos ortodônticos, que reduzem os impactos na arcada dentária.
  5. Retirada gradual: o ideal é começar o desmame da chupeta a partir dos 2 anos de idade, retirando aos poucos e oferecendo alternativas de conforto.

Como retirar a chupeta sem traumas

O processo de retirada da chupeta pode ser um desafio para os pais e para a criança. Algumas estratégias eficazes incluem:

  • Retirada progressiva: limitar o uso apenas para dormir e, depois, substituir por outros objetos de apego, como bichinhos de pelúcia.
  • https://www.tumblr.com/shoppxpress/795845129995960320/chupeta-faz-mal-o-que-a-ci%C3%AAncia-e-os?source=shareReforço positivo: elogiar a criança quando ela consegue dormir ou se acalmar sem a chupeta.
  • Histórias e jogos: criar narrativas lúdicas em que a criança “entrega” a chupeta a um personagem ou guarda em um “baú mágico”.
  • Evitar punições: nunca usar a retirada da chupeta como castigo, para não gerar traumas emocionais.

A opinião dos especialistas

Pediatras e odontopediatras concordam que a chupeta pode ser usada, desde que com moderação e dentro da idade adequada.

Eles alertam que cada criança é única, e os pais devem observar sinais de dependência ou problemas na fala e dentição.

De forma geral, o consenso é que a chupeta não deve ser vista como vilã, mas também não pode ser usada sem limites.

O equilíbrio é o ponto-chave.

Considerações finais

A dúvida “chupeta faz mal?” não tem uma resposta única.

O que os estudos mostram é que o uso moderado e controlado da chupeta pode trazer benefícios importantes, como acalmar o bebê e até reduzir riscos durante o sono.

No entanto, o uso prolongado ou inadequado pode sim trazer prejuízos, principalmente para os dentes e a fala.

Por isso, cabe aos pais tomar decisões conscientes, sempre com acompanhamento pediátrico.

Saber os mitos e verdades sobre a chupeta ajuda a reduzir a culpa e a tomar medidas mais equilibradas, garantindo o bem-estar da criança.

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